Há alguns dias fui assistir a uma palestra de um professor do nosso Instituto de Física da UFRGS sobre o tema: "O Enigma da Matéria Negra". Confesso que sou um curioso sobre estes assuntos. Sempre me cativou saber mais sobre o macro (cosmologia) e o micro (física quântica) mundos.
Antes da palestra começar – ela era para o público em geral (não necessariamente entendidos em física) – me deparava com uma platéia eclética: ali estavam profissionais liberais (médicos, dentistas, advogados) filósofos, artistas e muitos jovens, um deles segurando um skate…
O professor foi muito didático e nos mostrou dados inquietantes sobre o nosso Universo. Pela física moderna, sabemos muito sobre o mundão que nos cerca. Sabemos, por exemplo, que tudo o que observamos (planetas, galáxias, estrelas, gases cósmicos etc.) compõe apenas 5% do conteúdo do nosso Universo. Cerca de 25 % é a chamada Matéria Escura e outros 70 % é a Energia Escura.
A descoberta da Matéria Escura se deve a um erro observado entre a teoria e a experiência. Cientistas previam que apos o Big Bang os corpos celestes tivessem velocidades de afastamento do centro de suas galáxias diferentes conforme percorressem do centro para a periferia. O problema é que isso não ocorre assim. A velocidade de um corpo celeste próximo e outro distante do centro galáctico é muito parecida, como se houvesse uma "massa" empurrando todos eles da mesma forma. Mais adiante se deu o nome dessa "massa" de Matéria Escura. Hoje muitos centros estão procurando medi-la e estudá-la com razoável sucesso pois ainda não sabem bem o que ela é apesar de saberem que ela definitivamente existe.
Esta é a história (super resumida) da Matéria Escura que se encontra ao nosso redor, estamos banhados nela e ela produz efeitos macro cósmicos notáveis. Lá pelas tantas me ocorreu perguntar ao professor algo que me inquietava: segundo o Princípio da Incerteza de Heisenberg, quando "quebramos" uma substância até o seu menor pedaço, pode aparecer fóton (energia) ou partícula (matéria) e isso pode ser influenciado pela consciência do observador. Se o observador achar que vai dar energia, a curva de possibilidades de ser energia aumenta, se achar que vai dar partícula, aumenta a incidência de partículas.
Ora, se a consciência do observador (ser humano) modifica o fenômeno observado no nível das partículas sub atômicas (5 % do Universo), como será que esta consciência afeta a Matéria Escura (25 %) ou da Energia Escura (70 %) ? Será que alem da consciência, os nossos sentimentos também poderiam afetá-las? Se isso pudesse ser comprovado, explicaria muitos dos milagres que de vez em quando assistimos por aqui. Explicaria também como a qualidade dos nossos pensamentos e sentimentos parecem "atrair" certos resultados, coincidências inexplicáveis e um monte de outras coisas. Curioso, não é mesmo?
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