Estes dias atendia a uma jovem de seus 17 anos que se encontrava numa encruzilhada da vida. Teria de decidir qual vestibular faria. Ela estava apavorada. E quem não estaria? Ora, com seus 17 anos, teria de decidir o rumo do que, para ela, pareceria ser o resto da sua vida…
O grande problema dela é que pelo fato de ser jovem ela não havia reunido experiência suficiente para esta grande decisão. Não se sentia preparada. Tinha medo de errar o caminho, perder tempo, decepcionar-se e decepcionar seus pais e amigos.
Para que pudesse tomar a decisão mais correta ela dependia de algumas informações cruciais: será que daria certo em tal área, será que seria feliz em tal profissão, será que o destino lhe teria reservado um bom caminho? Todas estas cruciais informações eram oriundas do seu futuro. Este sim, era seu problema. Ela queria decidir sobre o futuro com as informações do futuro…
Para resolver problemas num determinado tempo você precisa de recursos e soluções oriundos de outro tempo. Acho que foi Einstein quem disse isso e se não foi, bem que poderia. Não se resolve um problema futuro com recursos futuros. O sujeito que se endivida (problema futuro) contando com ganhos futuros tipicamente se dá mal. No mercado de ações, o sujeito que aposta uma mão considerando só o futuro tipicamente perde a mão.
Da mesma maneira, não se resolve um problema no passado com experiências passadas. Por isso que poucas pessoas resolvem problemas passados sérios sem ajuda. É preciso alguém para guiá-las no que chamamos de Estado Desejado (futuro) para que os problemas passados se resolvam. Para alguém que teve um trauma (passado), experiências positivas pós trauma (futuro) são fundamentais. Para quem esta com medo de enfrentar uma decisão (futuro), experiências positivas prévias (passado) serão importantes. No exemplo da Bolsa de Valores, se ganha mais (futuro) quando se leva em conta o comportamento dos papéis no passado.
Qual a solução? Usar os recursos do passado para resolver problemas futuros. No caso da jovem em questão, primeiro é importante que ela saiba que não há certeza de nada (no futuro) exceto que enquanto ela estiver viva vai haver um futuro para ela testar suas escolhas. Não estamos num "jogo" de certo e errado. A vida não é assim. É mais um grande experimento pessoal e coletivo onde errar é parte do "programa". Nos ensina, faz com quem corrijamos a rota quando necessário.
A jovem poderia juntar todas as suas experiências positivas do passado e verificar o que havia nelas (padrões) que a fizeram feliz. Ai então poderia fazer suas escolhas considerando quais poderão ter padrões semelhantes. Suas chances de se dar bem aumentariam muito. Uma última coisa: se dar bem significa ser feliz, caso isso ainda não tenha lhe ocorrido …
0 comentários:
Postar um comentário